sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A região onde se encontra o Município de Fartura, foi habitada nos antigos tempos pelos índios Caiuás, da família Tupi-Guarani. Por toda parte, nos municípios vizinhos, encontra-se ainda hoje, objetos de pedra de uso dos selvívolas, como bacias, mão de pilão, machados (itajes) e outros de uso diversos. Sendo as matas luxuriamente, formadas em ótimas terras roxas, nelas abundância de caça e frutas de toda espécie, motivo porque da serra vertia para o Ribeirão, tinha a denominação de "Fartura". Os primeiros homens que aqui vieram notaram logo que o rio que hoje margeia a cidade, estava, por assim dizer, coalhado de peixes, a ponto de, não raro, encontrar-se as mais esquisitas espécies, que só vivem nos grandes rios. Da fartura, ou abundância de peixes, veio-lhe o nome que mais tarde se estendeu a todo o local. Grande é a diferença do antigo Fartura com o atual. O rio, então, corria cheio e volumoso por entre altas barrancas. As inundações, provocadas por abundantes e contínuas chuvas, fazia com que as águas, saindo do leito costumado, se espraiassem pelas margens alagando tudo e dificultando o trânsito de pedestres e cavaleiros. Segundo os nossos informantes, as águas atingiam a hoje rua Cel. Samuel de Oliveira, convertendo toda aquela baixada num vasto lençol de água. Com o correr dos tempos, porém, o povoamento das margens do rio trouxe como conseqüência a derrubada impiedosa das matas, o alargamento do primitivo leito, a escassez de peixes e, finalmente, o quase completo extravasamento das águas. O pai de Manoel José Viana, Remígio José Viana era proprietário das terras onde se encontra hoje a cidade, e havia prometido doá-las à Nossa Senhoras das Dores para no local ser construída uma igreja. Os moradores construíram no local um cruzeiro de madeira onde aos domingos e dias santos iam rezar. Em 1880 começaram a construção da Capela Nossa Senhora das Dores, com a ajuda de Luiz Ribeiro Salgado e Vicente Trindade, terminando-a em 1887. Lavrada em cartório a doação das terras em 1885, por Manoel Remígio Viana, o pequeno povoado cresceu e transformou-se em Município em 31 de março de 1891. Já em 1.897 era um povoado e contava com a primeira padaria dos senhores Batista e Gabriel Bertoni. No ano de 1.904 estava funcionando uma fábrica de cerveja e gasosa do Sr. José Adriani. Em 1.906 chegava a primeira professora leiga, Dona Ines Pereira e o Professor (este já formado) Odilon de Barros. No ano de 1.907 chegava, com muita festa, a primeira carroça do Sr. Bianchi. Neste mesmo ano funcionava o primeiro cinema de Emílio Del Cistia, na casa de Nicolau Bruno, onde é a antiga rodoviária. No ano de 1.908, Fartura tinha o seu primeiro telefone em telefônica criada por Joaquim Garcia e Coronel Marcos Ribeiro. No ano de 1.911, Fartura já tinha 02 Grupos Escolares: um masculino (que funcionava onde é a residência do Sr. Luiz Prestes) e outro feminino (onde foi a residência do Senhor Conrado Blanco). Em 1.912, a primeira fábrica de gelo de Martins Teixeira. Em 1.915 a primeira ponte sobre o Rio Itararé, feita com cabos de aço, ligando Fartura/SP ao Passo dos Leites, Carlópolis/PR.


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